OSTROGORSKI

terça-feira, 7 de abril de 2009

A Saga Ostrogorskiana do Século XIX

Na verdade, em Inglaterra, Ostrogorski identificou a existência de um fenómeno extraordinário: o Caucus. Uma organização concêntrica da elite das máquinas político-partidárias.
Esta organização que, no fundo, constituía o epicentro decisivo das máquinas, decidia tudo. Desse modo, condicionava todo o funcionamento pseudo-democrático da sociedade no seio da qual existia e actuava.
Os elementos que integravam as listas da máquina a cada acto eleitoral, a sua hierarquização dentro das listas, a sua consequente elegibilidade e, por isso, possibilidade real de governar.
Escusado será dizer que, ao fazer isto, os eleitos estavam, naturalmente, nas mãos de quem pensava e desenvolvia estas manobras...
Em terras de Sua Magestade, o Caucus de Birmingham foi a mais poderosa organização desta natureza, que Ostrogorski teve oportunidade de identificar e de estudar. O que lhe valeu grandes dissabores uma vez que um dos mais influentes membros deste Caucus era, nem mais nem menos, James Bryce (autor de The American Commonwealth), embaixador nos Estados Unidos, e extremamente poderoso.
Curiosamente, Ostrogorski fez questão de o convidar para prefaciar a sua principal obra Democracy and the Organization of Political Parties...

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2 Comentários:

Blogger Unknown disse...

Cara Sandra B, polémica é por definição uma conversa de amigos, creio que seria útil colocar OSTROGORSKI a falar como se vivesse em Lisboa nos dias de hoje. O que diria? Como “quem corre por gosto não cansa” não seria má ideia pôr alguém a falar, como sendo ele e vestir a personagem. Qualquer um pode ser um “ostrogorskizinho”, sem se queimar, como é óbvio.

8 de abril de 2009 às 13:13  
Blogger Sandra B disse...

Caríssimo(a) Leitor(a),

Muito obrigada pelo seu comentário.
A sugestão é interessante e poderá, naturalmente, ser tida em consideração.
Aliás, já foi. Se ler o meu livro A Fórmula do Poder (2001), ISCSP-UTL, Lisboa, poderá constatar (nomeadamente no capítulo relativo à Análise Crítica e Teses Finais) que já o fiz. Não especificamente em relação a Portugal ou Lisboa, mas à realidade sócio-política do nosso tempo.
Até porque essa é, também, mais uma das grandes inovações do estudo feito (sem falsas modéstias, obviamente).

Sandra B

13 de abril de 2009 às 15:11  

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